Essa frase traz tanto mais do que parece.
Como um impulso para viver, que vem como um tropeço inesperado, mas que é suficiente para te colocar de volta ao rumo, atento ao caminho e não ao ponto de chegada.
Quão desimpedida e livre posso ser ao perceber que pouco sou importante. Que o mundo não dá a mínima para as minhas esquisitices, meus pensamentos, minhas ideias não colocadas em prática.. o mundo não está nem aí para minha auto cobrança e meu perfeccionismo.
A desimportância traz liberdade. Libertação do medo que nos impede de tentar algo novo, realizar um sonho, arriscar. Porque tudo que nos prende é o anseio de ser julgada por ou de desapontar todos aqueles que (também) não tem importância nenhuma nas nossas vidas.
Ser desimportante também nos livra da constante desconfiança de que somos o centro das atenções, que estamos sempre sendo observados e analisados pelos outros. Quando na verdade a maior parte das pessoas a nossa volta está ocupada demais sentindo exatamente a mesma coisa.
Só quando descobrimos o quanto somos insignificantes, o mundo para de girar em volta do próprio umbigo e finalmente conseguimos viver com intensidade.
Por que sim, essa preocupação em ser tão importante nos prende, nos deixa estagnados, ou até pior, nos faz correr na direção errada. O senso de ter que cumprir algo que os outro esperam, a necessidade de completar espaços, a cobrança de estar presente, são sentimentos sufocantes que nos colocam numa incessante e cansativa corrida em busca de um lugar no qual nem sempre queremos chegar.
Então pare, reflita o quanto tudo que você tem feito é importante para você, ou se essa importância toda é só uma visão distorcida de um personagem que não é o principal na vida dos outros.